Cardiopatias congênitas: diagnóstico precoce é fundamental para tratamento assertivo
As cardiopatias congênitas são um conjunto de doenças caracterizadas pela malformação na estrutura ou na função do coração. No Brasil, por ano, nascem 29 mil cardiopatas, ou seja, a enfermidade acomete dez a cada mil nascidos vivos.
No dia 12 de junho, Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita, é preciso lembrar que o diagnóstico precoce salva vidas, já que a malformação pode ser descoberta ainda na gravidez, com o ecocardiograma fetal, ou no início da vida, por meio do teste de coraçãozinho, sendo realizado entre 24 e 48 horas após o nascimento.
De acordo com a cardiologista pediátrica Cristiane Binotto, do Hospital Pequeno Príncipe, uma dúvida comum é sobre o que é esse conjunto de doenças. “Pode ser desde um defeito pequeno na estrutura do coração (CIA e CIV), que não tem repercussão, até o estreitamento de uma das válvulas do coração, principalmente a pulmonar e aórtica”, explica.
Em casos graves, a doença é a terceira maior causa de morte em recém-nascidos de até 30 dias. Além disso, em torno de 80% crianças com o diagnóstico vão precisar de alguma cirurgia cardíaca durante a vida. Por isso, a conscientização sobre a detecção precoce e o tratamento adequado dessas enfermidades são tão importantes.
“Nos casos de cardiopatias graves, o tratamento adequado nos primeiros dias de vida é fundamental. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, evitamos que a criança faça uma lesão preocupante incompatível com cirurgia ou outro problema associado como problema neurológico. Por exemplo, até descobrir a enfermidade, depois de alguns meses ou anos de vida, o paciente pode ter uma infecção importante, pode ter convulsões, e isso vai agravar o caso. Por isso, o diagnóstico ainda na gravidez é tão importante, para que o bebê tenha a assistência necessária assim que nascer”, enfatiza a cardiologista.
Saiba mais sobre as cardiopatias congênitas infantis
As cardiopatias congênitas são classificadas como simples ou ducto-dependentes, que necessitam de cirurgia nos primeiros dias de vida. No mundo, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), 130 milhões de crianças têm algum tipo da doença.
No Paraná nascem, aproximadamente, 150 mil bebês por ano. Destes, 1.200 terão cardiopatias, uma taxa estimada de 0,8%. Conforme o Ministério da Saúde, as doenças correspondem a 10% das causas de óbitos infantis, bem como a 20% a 40% das mortes decorrentes das enfermidades.
O tratamento da cardiopatia congênita pode ser feito com uso de medicamentos e, se necessário, cateterismo e indicação de cirurgia. A boa notícia é que, com acompanhamento de um cardiologista, adesão ao tratamento e orientações médicas, o cardiopata pode ter uma vida normal.
Fonte: Hospital Pequeno Príncipe – confira a matéria completa CARDIOPATIA CONGÊNITA