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Autismo

Compreendendo o AUTISMO

O grau de comprometimento é de intensidade variável, ou seja, quadros mais leves ou o paciente apresenta algum tipo de comportamento agressivo e retardo mental.

“O autismo acomete pessoas de todas as classes sociais e etnias. Seu grau de comprometimento pode ser leve ou mais grave, em que o paciente se mostra incapaz de manter contato interpessoal”.
Drauzio Varella

Autismo é um transtorno global do desenvolvimento marcado por três características fundamentais:

  • Inabilidade para interagir socialmente;
  • Dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos;
  • Padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

SINTOMAS

O autismo acomete pessoas de todas as classes sociais e etnias, mais os meninos do que as meninas. Os sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O mais comum é os sinais ficarem evidentes antes de a criança completar três anos. De acordo com o quadro clínico, eles podem ser divididos em 3 grupos:

  • Ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
  • O portador é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;
  • Domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite aos portadores levar vida próxima do normal.

Na adolescência e vida adulta, as manifestações do autismo dependem de como as pessoas conseguiram aprender as regras sociais e desenvolver comportamentos que favoreceram sua adaptação e auto-suficiência.

TRATAMENTO

Até o momento, autismo não tem cura, mas conta com tratamentos que contribuem na comunicação e rotina, aliviando o estresse e lidando melhor com os seus sentimentos.

História de amor

Identificar, expressar, entender e conseguir lidar com diferentes emoções é uma tarefa dura até para nós, adultos. Então, imagine como ela pode se tornar algo assustador para uma criança. Pais e educadores sabem disso e eu também sabia. Mas a diferença entre saber na teoria e vivenciar na prática é gigantesca. O que fazer quando seu filho se joga no chão, aos berros? Chora sem parar porque não quer ir embora de uma festinha? Tenta bater no amigo que lhe tomou o brinquedo? Ou se nega a dormir na própria cama?

Meu nome é Cristiane Carvalho e sou mãe do Érico e da Beatriz. Advogada de formação, eu virei mãe em tempo integral depois do nascimento do meu primeiro filho, quando meu marido foi transferido para outro país. Passei por situações que todas as mães passam quando os filhos pequenos precisam lidar com suas emoções e ainda não sabem como, com o agravante de não poder contar com uma boa rede de apoio, por morar fora.

Assim que voltei ao Brasil, um dos meus filhos recebeu o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista. As crises de desregulação e as falhas na comunicação eram frequentes e difíceis, portanto, identificar, expressar, entender e aprender a lidar com as emoções virou sinônimo de qualidade de vida e desenvolvimento dentro da nossa casa.

Testamos vários métodos para meus dois filhos comunicarem e trabalharem com o que sentiam. Desenhamos, rabiscamos, fizemos esquemas e usamos palavras de alerta, mas estas ferramentas nem sempre funcionavam ou não estavam por perto quando precisávamos delas – ou seja, quando um dos dois estava prestes a explodir por não conseguir dar nome ou expressar uma emoção adequadamente.

“E se eu fizesse um bracelete que estivesse todas as horas com a gente?”, eu sugeri. Os dois adoraram a ideia. Em 2016 o primeiro produto da Teraplay nasceu desta maneira, da necessidade e com as experimentações vividas em casa. Érico e Beatriz sentaram comigo para definirmos juntos as emoções que deveriam estar representadas por carinhas e que estariam sempre por perto, em seus próprios pulsos. Eles citaram as quatro emoções básicas mais comuns para eles – alegria, tristeza, raiva e medo. Eu disse que seria bacana incluirmos também o cansaço, porque sei que criança cansada (tá certo, adulto também! ;P) tem ainda mais dificuldade de definir e lidar com o que sente. E decidi incluir um contraponto, a tranquilidade, porque percebia que, para meus filhos – e imagino que para muitas crianças –, tranquilidade e calma são, muitas vezes, sinônimos de tédio. E não podem ser!

A partir da construção do bracelete, muita coisa mudou. Assim que começavam a ficar nervosos, eles olhavam para o pulso, apontavam para a emoção ou sensação que estavam vivenciando e isso abria caminho para nossos diálogos e para as percepções deles. Os amigos e pais dos amigos começaram a também querer os braceletes e assim nasceu oficialmente a Teraplay. Pouco tempo depois escrevi os livros e criei outros produtos para pais e profissionais que buscavam colaborar ativamente para a educação emocional das crianças com quem convivem e melhorar a comunicação com elas.

Eu senti dentro de casa o quanto identificar emoções e conversar sobre elas fez meus filhos pensarem melhor sobre o que sentem e sobre o que os outros sentem. Trouxe empatia, autocontrole, respeito e mais harmonia. É isso o que a Teraplay leva a pais, educadores e crianças. Porque educar-se emocionalmente é, sem dúvida, viver melhor!

Fonte: Teraplay / Drauzio Varella – Portal

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