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Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite

Mesmo com a pandemia de Covid-19, os pais devem levar as crianças para a imunização

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite para crianças de até 5 anos começa nesta segunda-feira (05/10). Receberá uma atenção em relação ao protocolo de segurança, mesmo em meio à pandemia de COVID-19, pois trata-se de uma vacina de extrema importância para manter as crianças imunes à doença.

A vacinação vai até o dia 30 de outubro em postos de saúde de todo o país. O Ministério da Saúde tem como meta, vacinar 95% das 11,2 milhões de crianças menores de 5 anos de idade, com estratégias diferenciadas para as crianças menores de um ano e para aquelas na faixa etária de 1 a 4 anos de idade. Todas as crianças menores de 5 anos deverão comparecer às salas de vacinas para receber uma dose da vacina contra poliomielite. Diferente de outras vacinas, a da poliomielite é administrada uma gota do medicamento ao invés da aplicação por injeção. No dia 17 de outubro, será o dia de mobilização nacional, e a vacinação será reforçada.

A depender do esquema vacinal registrado na caderneta, a criança poderá receber a Vacina Oral Poliomielite (VOP), como dose de reforço ou dose extra, ou a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), como dose de rotina. Estima-se que no DF haja cerca de 160 mil crianças nessa faixa etária. A meta é imunizar 95% desse público.

Multivacinação

Na multivacinação, o público-alvo são as crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade. O objetivo é analisar se o esquema de vacinação desse grupo está completo e, para aqueles que estiverem faltando alguma vacina, serão aplicadas as doses necessárias. No período de janeiro a abril de 2020, nenhuma das vacinas do calendário infantil atingiu as metas preconizadas.“Durante a campanha serão ofertadas todas as vacinas do calendário básico de vacinação da criança e do adolescente visando diminuir o risco de transmissão de enfermidades imunopreveníveis, assim como reduzir as taxas de abandono do esquema vacinal”, destacou a gerente de Imunizações da Secretaria de Saúde, Renata Brandão.

Poliomielite no Brasil

O Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1989 e, em 1994, recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a Certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do seu território, juntamente com os demais países das Américas. O país, desde então, vem realizando esforços para atingir a meta dos indicadores preconizados pelo Ministério da Saúde para manutenção do país livre da doença.

No DF, a série histórica dos últimos 20 anos da cobertura vacinal da vacina contra a poliomielite em menores de 1 ano mostra uma tendência de queda das coberturas, sendo que em 2015 e de 2017 a 2019 a meta de cobertura não foi atingida (95%). De janeiro a abril de 2020, a cobertura vacinal foi de apenas 67,3%. No mesmo período de 2019, era de 89,2%.

“O último registro de caso confirmado para a poliomielite no DF foi em 1987. No entanto, as coberturas vacinais ainda são heterogêneas, podendo levar a formação de bolsões de pessoas não vacinadas, possibilitando a reintrodução do poliovírus. Por isso é tão importante atingir a meta de vacinação”, explica Brandão.

*Com informações da Secretaria de Saúde

O que é a pólio?

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença altamente altamente infecciosa, causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos. Em casos graves, ataca o sistema nervoso e pode levar à paralisia, em geral nos membros inferiores, ou até mesmo à morte. A vacinação é a única forma de prevenção.

Como é transmitido?

A transmissão do vírus da poliomielite se dá através da boca. A falta de saneamento, condições sanitárias e de higiene inadequadas, são fatores que favorecem a transmissão do poliovírus. Ele é transmitido por meio do contato direto com fezes (contato fecal-oral) ou secreções eliminadas pelas pessoas doentes.

Existe tratamento para a pólio?

Não existe tratamento específico para a poliomielite. Por isso, é necessário vacinar-se em todas as campanhas. Todas as pessoas contaminadas devem ser hospitalizadas para receber tratamento de acordo com o quadro clínico.

Fonte: Agência Brasília

 

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