Afinal, por que é necessário esterilizar chupetas?
Tenho certeza de que você, em um algum momento já vivenciou ou assistiu a seguinte cena: A mulher segura um bebê com um dos braços, empurra um carrinho com o outro. Equilibra tudo com a bolsa e acessórios da criança, aí o bebê deixa cair a chupeta. A mãe, descontente, pega a chupeta caída, ou, na verdade nem sabe o que faz primeiro!
Mas já vimos muitos cuidadores, mães e avós, recuperarem a chupeta e, rapidamente, passar pela boca antes de devolver ao bebê. Um ato que não estamos aqui para julgá-las, no entanto, mesmo tendo a consciência que estejam erradas, acabam fazendo mesmo assim.
Entenda os motivos
Mesmo que a Sociedade Brasileira de Pediatria não recomende o uso de chupetas, muitas mães e pais acabam recorrendo a ela.
Então, se você for dar uma chupeta para o seu bebê, é importante seguir algumas recomendações de limpeza para não oferecer riscos aos pequenos.
Isso porque o bebê não nasce com o sistema imunológico completamente desenvolvido, algo que acontece no decorrer dos meses.
A boca do bebê ainda é estéril e, nos primeiros anos de vida, forma-se a chamada flora bucal
Os pequenos são muito mais vulneráveis a infecções e doenças – período que requer muito cuidado para evitar que se contaminem.
Veja algumas doenças que o bebê pode pegar devido à má higiene da chupeta.
- Monilíase ou candidíase oral (infecção fúngica da orofaringe), o “sapinho”;
- Distúrbios gastrintestinais;
- Diarréias;
- Coqueluche;
- Gripes;
- Herpes;
- Covid-19;
- Estomatite (doença da cavidade bucal);
- Cárie.
Confira as 5 dicas da Sociedade Brasileira de Pediatria quanto ao uso da chupeta, de modo geral.
- Limite o uso até o primeiro ano de vida do bebê;
- Introduza a chupeta após a amamentação estar estabelecida – ou seja, com o bebê mamando bem, ganhando peso, e a mamãe sem dores no momento de amamentar;
- Se quiser evitar que o bebê fique muito acostumado com o uso da chupeta, restrinja o uso em momentos críticos;
- Procure suporte profissional para facilitar a retirada – pode ser um pediatra ou um odontopediatra;
- Fique atento: o uso de chupeta em idade avançada, por exemplo, em crianças com 7 ou 8 anos, é um sinal de alerta.
3 formas de esterilizar a chupeta
1. Panela
Coloque a chupeta (se quiser, aproveite para colocar a mamadeira e o bico da mamadeira, também) em uma panela com água.
Leve a panela ao fogo e, quando a água começar a ferver, espere entre 5 a 10 minutos para desligar o fogão.
Deixe os objetos secarem naturalmente para guardá-los, em cima de um papel toalha.
Se possível, evite secá-los com panos, que podem soltar fiapinhos ou estarem contaminados.
2. Microondas
Coloque a chupeta em uma tigela de vidro ou em um recipiente apropriado para microondas.
Cubra os objetos com água e leve ao micro em potência máxima por cerca de 8 minutos.
O processo de secagem é o mesmo. Lembrando que, tanto na panela como no microondas, a chupeta precisa ficar totalmente coberta pela água.
3. Esterilizador elétrico
Você também pode adquirir um esterilizador elétrico e siga todas as normas de instrução do fabricante.
Normalmente, o procedimento de esterilização dura uns 8 minutos.
O aparelho tem vantagens: ao utilizá-lo, os objetos acabam durando mais tempo. Você pode deixar os objetos secando dentro do próprio aparelho e, depois, guardá-los em um recipiente fechado.
Qual a diferença entre higienizar e esterilizar?
Limpar – ou seja, higienizar – e esterilizar são coisas diferentes!
Simplificando, a esterilização é um passo ainda mais profundo de limpeza.
A limpeza não elimina germes e bactérias, muito comuns em chupetas e bicos de silicone de mamadeiras. Ela apenas limpa impurezas e resíduos.
Correto que faça os dois processos com as chupetas e com as mamadeiras dos pequenos, de acordo com as dicas deste artigo.
Com que frequência devo higienizar a chupeta?
SEMPRE! Os bicos devem ser limpos sempre que o bebê for usá-los – ou seja, antes de o bebê colocar na boca – e depois que ele terminar de fazer uso.
A higiene pode ser feita com sabão neutro e água corrente e nunca coloque a chupeta na lava-louças.
9 maus hábitos para você não reproduzir
- Limpar a chupeta com a própria boca;
- Beijar o bebê nos lábios;
- Dividir talheres com o bebê.
- Lavar as chupetas com sabão em pó.
- Deixar tudo de molho em uma bacia sem água suficiente.
- Secar a chupeta com pano de prato – a criança pode engolir fiapos.
- Guardar os objetos ainda molhados ou úmidos dentro do armário.
- Limpar a chupeta derramando água quente por cima.
- Utilizar a mesma chupeta por mais de um mês.
Quando os pais lambem a chupeta ou misturam a própria saliva com a do bebê, uma série de bactérias, como as da cárie e outros germes, podem ser transmitidos para a criança.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria / Escola Portal Sorocaba