A histerectomia é o nome da cirurgia feita para a retirada do útero da mulher. Ela é recomendada em casos como câncer e endometriose, entre outras condições.
A histerectomia é o nome da cirurgia feita para a retirada do útero. É um procedimento comum, realizado em mais de 600 mil mulheres no Brasil a cada ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Histerectomia: o que é?
A histerectomia é uma cirurgia que envolve a remoção do útero, órgão responsável pela menstruação e gestação (não tendo função hormonal na mulher). A histerectomia pode ser total ou parcial, dependendo de quais partes do útero são removidas.
Quando a histerectomia é indicada?
A histerectomia pode ser indicada em várias situações, incluindo:
- Existência de miomas uterinos, como são chamados tumores benignos que causam sangramento e/ou dor;
- Endometriose, que é o crescimento anormal da camada interna do útero, levando a dor, sangramento e infertilidade, em alguns casos;
- Prolapso uterino, quando o útero desce para a vagina devido à fraqueza dos ligamentos de suporte;
- Câncer no útero, câncer de colo do útero ou nos ovários.
É importante dizer que, como toda cirurgia, a histerectomia também tem riscos associados, como: lesões em órgãos próximos (bexiga, intestino); e formação de fístulas pós-operatória (da bexiga para a vagina, do reto para a vagina ou até mesmo do ureter para a vagina).
Por isso, a recomendação para realizar a cirurgia deve ser bastante precisa e conversada entre médico e paciente, não sendo feita de forma rotineira ou profilática (exceto em casos excepcionais).
Tipos de histerectomia
Existem três tipos histerectomia:
- Histerectomia parcial (ou subtotal): envolve a remoção apenas da parte superior do útero, deixando o colo uterino intacto.
- Histerectomia completa ou total: remove o útero inteiro, incluindo o colo do útero.
- Histerectomia radical: além do útero e colo uterino, remove também tecidos ao redor, geralmente como parte do tratamento para o câncer.
Métodos de realização da histerectomia
A histerectomia pode ser realizada de três formas:
- Vaginal: a cirurgia é feita por meio da vagina, com incisões mínimas, resultando em uma recuperação mais rápida.
- Laparoscópica: utiliza pequenas incisões abdominais e instrumentos especiais para remover o útero.
- Abdominal: intervenção feita com uma incisão na região abdominal, sendo necessária em casos mais complexos.
Como é feita a preparação para a cirurgia?
A preparação para a cirurgia pode variar de acordo com o método escolhido. No geral, no entanto, antes do procedimento, o médico realizará uma avaliação completa da saúde da paciente e fornecerá orientações como a suspensão ou não de medicamentos e a realização de jejum.
Vale ressaltar que o acompanhamento psicológico e o apoio emocional da paciente são fundamentais antes e depois da realização da histerectomia.
Recuperação após a histerectomia
A recuperação da histerectomia depende do tipo de cirurgia realizado e das condições individuais de saúde de cada paciente.
No geral, pode-se retornar para as atividades normais em torno de duas semanas, mas é importante seguir as instruções e orientações médicas e voltar ao ritmo normal apenas depois da liberação do especialista.
É importante dizer também que a histerectomia é uma cirurgia significativa que pode ter impacto profundo na saúde emocional da mulher. Por isso, é recomendado que elas busquem apoio psicológico para falar sobre a questão.
Fonte: Dr. Marcus Vinícius Barbosa de Paula, uroginecologista e coordenador do NCISM (Núcleo de Cuidado Integral à Saúde da Mulher) do Hospital e Maternidade Brasília.