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Primeira Infância: os 5 primeiros anos é determinante para o resto da vida dela

A importância da primeira infância

 A primeira infância é o período que vai do nascimento aos 5 anos de vida. Segundo os conceitos da área de Psicologia, esse é o momento em que a cognição, ou seja, o conjunto de habilidades que um indivíduo tem para perceber, interpretar, conhecer e prever os mais variados estímulos, desenvolve-se de modo acelerado.
Devemos levar em consideração o tempo de uso com as telas. Isso vale para ambos: pais e filhos.

         Essa aceleração acontece porque, nos anos de vida iniciais, o cérebro trabalha de modo veloz, conectando mais de 1.000 células por segundo. Com isso, ainda que não entendam tudo o que acontece à sua volta, as crianças absorvem todas as informações e estímulos a que são expostas.

         Assim, quando recebe bons estímulos e incentivos, o cérebro infantil reage beneficamente a isso; da mesma forma, quando as crianças estão inseridas em um ambiente hostil, as consequências normalmente são desastrosas a longo prazo. 

Benefícios dos cuidados com a Primeira Infância

 Como a infância é um período determinante, crianças que recebem cuidado, afeto, educação de qualidade e têm boa interação com os adultos desenvolvem habilidades que as acompanharão durante a vida toda.

         Uma das formas de desenvolver essas competências é por meio do brincar, pois as brincadeiras, sejam com outras crianças, sejam com os mais velhos, são essenciais para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social.

         Com relação ao desenvolvimento cognitivo, os desafios apresentados durante as brincadeiras possibilitam que a criança descubra novos conhecimentos e os utilize no seu cotidiano. Vygotsky  já dizia que o brincar é uma atividade relacionada ao criar, pois a imaginação, a fantasia e a realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, assim como novas formas de construir a relação com o outro,  adultos e/ou crianças.

         Quando o pequeno brinca, há o desenvolvimento de novas habilidades, como expressão corporal e oral, além do estímulo à criatividade. Em meio a tudo isso, o vínculo com outras crianças e adultos favorece a construção de valores e o entendimento de regras, e possibilita autocontrole na conduta.

Visto que o ato de brincar na primeira infância é essencial para o desenvolvimento, as brincadeiras devem estar presentes na rotina da criança, em sua casa e no cotidiano da instituição infantil, sendo realizadas com o tempo adequado. É perceptível, então, a importância de ambientes adequados para que esse desenvolvimento ocorra de modo saudável.  

 Dessa forma, o ambiente em que a criança está inserida na primeira infância, tanto o familiar quanto o escolar, é relevante porque, se for acolhedor, propício e favorável à brincadeira e à aprendizagem, consequentemente a criança poderá se desenvolver de maneira livre e plena. 

Fatores de risco na Primeira Infância

 Da mesma forma que o bem-estar social gera um resultado positivo na primeira infância, situações de violência, desnutrição, negligência ou quaisquer outras adversidades também afetam negativamente o desenvolvimento infantil.

         A desvantagem socioeconômica é um fator que afeta desfavoravelmente o desenvolvimento, porque influencia o tipo de ambiente em que a criança cresce. Assim, caso o ambiente seja de pobreza extrema, de violência, de condutas duvidosas ou apresente instabilidade familiar, há chances de o pequeno apresentar problemas de comportamento e de socialização, o que pode impactar sua aprendizagem e o desenvolvimento de suas habilidades.

         Isso ocorre porque, quando há desamparo, algumas habilidades importantes, como lidar com frustrações e seguir regras, muitas vezes são prejudicadas, além de aumentar a predisposição para traumas, transtornos e problemas psicológicos, que deverão ser tratados na vida adulta.

         Tal situação se dá porque, segundo Vygotsky (1987), o sujeito é interativo, ou seja, como a criança não fica isolada no ambiente em que está inserida, todo o contexto que a rodeia influencia sua concepção de mundo, já que ela utiliza os exemplos para criar sua subjetividade e mediar suas relações.

Fonte: Faculdade Phorte

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