Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente um em cada dez bebês nasce com uma infecção de toxoplasmose.
Os cuidados vão além dos felinos.
A gravidade de infecção da toxoplasmose está ligada na freqüência de diversos fatores, como: padrões culturais da população, hábitos alimentares, faixa etária, e procedência urbana ou rural. Essa dispersão do parasita se dá por vários mecanismos de transmissão; ingestão de cistos presentes em carnes cruas ou mal cozidas (aves, carne bovina, suína ou ovina), a ingestão de oocistos presentes em fezes de felinos que contaminam alimentos e água, manipulação de terra contaminada com oocistos entre outros (Amendoeira, 2003). Por isso, a importância da higienização da caixa de areia dos gatos diariamente.
Caso esteja grávida, peça para um terceiro realizar essa limpeza. Na ausência de alguém que o faça, utilize luvas e uma máscara para sua segurança. Mantenha a caixa sem as fezes, as descartando no vaso sanitário ou lixo fora de casa. Assim, garantirá um ambiente sem riscos para sua saúde e a do bebê. Considerando que os “bichanos” caminham por toda parte, e caso você tenha contato de alguma forma com as fezes do animal, poderá infecta-la.
Lembrando que o animal não apresenta nenhuma anormalidade ou estado de doença. No entanto, ele só elimina os ovos nas fezes durante 3 semanas na sua vida, e só transmite a doença para o ser humano, se ele tiver contato direto com as fezes e expostas durante mais de 24 horas. Vai a dica para manter a caixinha de areia sempre limpinha! Só contrairão o parasita se forem alimentados com carne crua infectada ou outro alimento e água contaminada.
Importante ressaltar que vários surtos da doença foram atribuídos ao consumo da água contaminada, que não receberam seu devido tratamento por cloro ou outros processos de decantação e flotação.
A maior fonte de contaminação é através da ingestão de frutas e verduras mal lavadas e carnes cruas.
O gato não é o vilão, mesmo diretamente envolvido no ciclo da toxoplasmose.
Uma breve pesquisa apontou que todas as ocorrências de contaminação humana registradas nas clinicas veterinárias, NENHUMA contaminação ocorreu pelo contato com gatos domésticos.
Todo cuidado é pouco quando o assunto é gravidez. Não é um estado de doença, mas requer muitos cuidados de saúde. Por isso, se você tem gatos em casa e descobriu que está grávida, solicite a sorologia para toxoplasmose no seu gato e dependendo do resultado, consulte o ginecologista.
Se informe com o seu médico para os cuidados que deverá tomar com essa doença. Os sintomas da toxoplasmose não são aparentes, e o tratamento deve ser feito de forma rígida e pontual. No caso do bebê, os cuidados se iniciam a partir do nascimento até completar um ano de vida. Após um ano, você conseguirá abreviar as seqüelas mantendo o tratamento.
No pré-natal, normalmente os médicos solicitam nas primeiras semanas alguns exames de sorologia, que inclui a toxoplasmose para os resultados IgG e IgM, como também no final da gestação.
Para manter sua tranquilidade e a “TOXO” bem longe:
- Lavar as mãos após manuseio de carne crua nas atividades domésticas.
- Higienizar e esfregar com escovinhas próprias para legumes, frutas e verduras.
- Lavar as mãos após contato com seu gato e seus utensílios
- Faça exame de fezes periódico no seu gato.
- Cuidado com caixas de areia em playgrounds e jardim.
- Não permitir que seu gato se alimente de suas caças: ratos, aves ou carne crua.
- Cuidado com gatos de rua dentro de casa.
REFERÊNCIAS
AMENDOEIRA, Maria Regina Reis, SOBRAL, Cleide Aparecida Queiroz, TEVA, Antonio et al. Inquérito sorológico para a infecção por Toxoplasma gondii em ameríndios isolados, Mato Grosso. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Nov./Dec. 2003, vol.36, no. 6, p.671-676. ISSN 0037-8682. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822003000600005
Centro de Vigilância Epidemiológica Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar. Documento técnico. 2006.
MINISTÉRIO DA SAÚDE – SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Nota Técnica. Surto deToxoplasmose no Município de Anápolis – GO. Fevereiro de 2006. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/nota_toxo_corrigida.pdf
SANCHEZ, Petra S. Atualização em técnicas para o controle microbiológico de águas minerais. Apostila do seminário. São Paulo. Mackenzie. 1999.