Anemia ferropriva: deficiência de ferro é um dos fatores que podem estar associados à mortalidade materna
A anemia por deficiência de ferro, é a mais comum entre as manifestações da doença, sendo responsável por 90% dos casos. No Brasil, esse é um problema nutricional recorrente e que atinge, principalmente, crianças, mulheres em idade fértil e gestantes.
A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde avalia a prevalência de anemia na população. Dados da PNDS constataram que 20,9% das crianças menores de 5 anos apresentavam a doença, ou seja, aproximadamente 3 milhões de crianças brasileiras. A prevalência de anemia em mulheres no país também é elevada: cerca de 29,4%.
Confira as sérias consequências, incluindo:
- Diminuição da capacidade de aprendizagem;
- Diminuição da produtividade no trabalho;
- Retardamento do crescimento;
- Apatia (morbidez);
- Perda significativa de habilidade cognitiva;
- Baixo peso ao nascer e mortalidade perinatal.
Além disso, pode ser a causa primária de uma entre cinco mortes de parturientes ou estar associada a até 50% das mortes. Esses efeitos sobre a saúde física e mental afetam a qualidade de vida, a produtividade e diversos fatores podem ser os causadores da doença, como:
- Em gestantes: alimentação inadequada, não uso de suplemento de ferro profilático, complicações nutricionais, parasitoses.
- Durante o parto/nascimento: clampeamento precoce do cordão umbilical, ausência de leite materno na primeira hora de vida, parasitoses.
- Nos primeiros 6 meses de vida: ausência do aleitamento materno exclusivo, introdução precoce de alimentos e outros leites, parasitoses.
- A partir dos 6 meses: alimentação complementar inadequada, baixa ingestão de ferro heme, não uso de suplemento de ferro profilático, elevada necessidade de ferro, parasitoses.
Sintomas
Os sinais e sintomas da carência de ferro são inespecíficos, sendo necessária a realização de exames laboratoriais de sangue para que seja confirmado o diagnóstico de anemia ferropriva. Os principais sinais e sintomas são:
- Cansaço generalizado;
- Falta de apetite;
- Palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas);
- Menor disposição para o trabalho;
- Dificuldade de aprendizagem nas crianças;
- Apatia (crianças muito “paradas”).
O tratamento para a anemia ferropriva deve ser orientado por um profissional de saúde, a partir de suplementação de ferro, com foco nas causas subjacentes responsáveis pelo desenvolvimento da doença.
Fonte: Ministério da Saúde, texto adaptado para o Blog Cheirinho de Neném