Nasce um bebê, nasce uma mãe e nascem os pitacos. Saiba como lidar com as opiniões!
Todo mundo tem uma dica, um macete, um conselho, faz parte, provavelmente você vai receber muitos. Mas e aí, o que fazer?
A maioria das pessoas, dão esses “pitacos” com a melhor das intenções, com o tempo você vai aprender a lidar com isso sem estragar a relação.
Difícil mesmo, é saber quais dos pitacos são realmente úteis e quais você deve correr!
A avó, a sogra, a dinda, a vizinha, a babá e até desconhecidos insistem em despejar palpites – mesmo sem serem convidadas.
O que as pessoas não entendem, é que essa ação de “aconselhar”, na verdade, pode causar enorme insegurança, ansiedade e sofrimento para gestantes e mamães. Também conhecida por mom-shaming.
Não tem uma tradução literal do inglês, é a junção de “mom” (mãe) e “shaming” (constranger ou envergonhar). Representa uma forma de assédio, em que o objetivo é constranger ou humilhar mamães.
Para as futuras mamães ou quem está vivendo esse momento, confira algumas dicas de como lidar com as opiniões na maternidade e tudo sobre o conceito de mom-shaming.
Mom-shaming: muito além de um simples palpite
O termo mom-shaming sintetiza os palpites que as mães recebem mesmo sem pedirem por eles.
Normalmente, os pitacos são dados por quem se considera mais experiente na maternagem.
Tudo começa já na gestação, como o tamanho da barriga, a alimentação e os hábitos da mãe, passa pela escolha do tipo de parto e segue após o nascimento do bebê, sobre amamentação, introdução alimentar e até escolhas bem pessoais, como contratar babá ou colocar num berçário.
O mom-shaming pode provocar danos bem significativos para as mamães que, vale lembrar, já estão passando por um turbilhão de transformações no corpo, na relação com o marido, com o trabalho e, ainda, com a quantidade enorme de hormônios.
Os principais efeitos causados são:
- insegurança
- humilhação
- frustração
- irritabilidade
- ansiedade e raiva.
Além disso, pode causar atrito entre amigas, família e até com o marido. O resultado, é sofrimento.
O Hospital C.S. Mott Children, da Universidade de Michigan, realizou uma pesquisa em 2017, nos Estados Unidos, com 475 mães de crianças de zero a 5 anos de idade, questionando se elas, alguma vez, foram questionadas sobre a criação dos filhos.
Veja as conclusões:
- A maioria das mães (61%) afirma ter sido criticada por suas escolhas enquanto mães;
- Os palpites vieram, com mais frequência, da própria família. 37% foram da mãe ou do pai, 36% do cônjuge e 31% dos sogros. Apenas 14% vieram de amigas, 12% de outras mães que encontraram em público e 7% de comentários nas redes sociais;
- A disciplina é o tópico criticado com mais frequência, relatado por 70% das mães. Outras áreas mais citadas foram dieta e nutrição (52%), sono (46%), amamentação versus mamadeira (39%), segurança (20%) e cuidados com as crianças (16%);
- Como resultado, a maioria busca conhecimento adicional sobre os palpites, seja procurando informações em si (60%) ou perguntando a um médico (53%), e 37% fizeram uma mudança na maneira como são mães.
- Enquanto 67% das mães dizem que as críticas fizeram com que se sentissem mais fortes em relação às suas escolhas, 42% indicam que os palpites faziam com que se sentissem inseguras.
- Metade das mães diz que evita certas pessoas que são críticas, enquanto 56% deixaram de criticar outras mães depois de sofrer críticas.
E como você vai descobrir?
Você vai precisar de 3 coisas para se ter uma maternidade leve, feliz e segura: Paciência, coragem e informações.
Os primeiros 3 meses, são os mais difíceis. Tudo é novo e estranho para o bebê, ele depende 100% de você.
Mas onde buscar informações seguras?
A internet está cheia de informações, mas ela também pode confundir e conflitar. Por isso, confira as fontes, compare e leia muito!
Lembre-se que é melhor ser uma mãe bem-informada e já saber o que esperar do dia a dia do bebê e não correr atrás do “prejuízo”.
Fonte: Escola Portal Sorocaba