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Gentileza com os animais: se você pratica, seu filho copia

Infelizmente, os pequenos costumam não ser gentis com os animais do que com os seus coleguinhas de brincadeira

Observe uma criança interagindo com algum animal e você talvez chegue à conclusão de que elas foram feitas para puxar o rabo do cachorrinho; e para aborrecer o gato que está dormindo, afugentar o bando de pombos ou pássaros e esmagar outros insetos que se arrastam pelo chão.

Os animais como os vegetais, os minerais e os colegas são meramente objetos a serem manipulados pela criançada, para diversão, e investigados por ela, para sua elevação. É interessante para as crianças, o fato de que os animais tenham longas orelhas, caudas, pêlos, penas ou revestimentos interessantes, torna ainda mais tentador o ato de puxá-las, espremê-las, apertá las, persegui-las e atormentá-las!

Mas justamente porque a “tortura” do animal é pura diversão para os pequenos que seguramente não percebem que estão causando danos, isso não significa que seja um comportamento aceitável. Ensinar uma criança a ter respeito pelo direito dos animais é tão importante quanto ensiná-la a ter respeito pelos direitos dos seres humanos.

Não ensinar seu filho a ser gentil com os animais pode exercer um efeito adverso sobre os animais que ele encontre (muitas criaturas não conseguem se defender de crianças curiosas) e sobre seu filho (quando um animal que consegue se defender se defende).

Ensino o que é correto:

Deve expor a criança a diferentes tipos de animais, dentro de seu habitat natural, pode ajudá-la a ficar à vontade em companhia de criaturas de asas ou de quatro patas. E geralmente somos mais amáveis com aqueles com quem ficamos à vontade. Procure os ambientes alegres e seguros, como a casa do tia Cátia, com os cinco gatos, a da vovó, com os três cachorros e o papagaio, o zoológico e a praça, onde os pássaros voam livremente.

Encontre livros didáticos que ilustrem esses amiguinhos e os retrate de uma forma especial. Comece com livros simples, de figuras grandes e fáceis de distinguir, retratando animais familiares rurais e domésticos. A partir desses, mude para espécies mais exóticas. As crianças adoram em especial os livros sobre filhotinhos, ou sobre animais com os quais estão familiarizados (como cães e gatos).

Se você não deseja assumir a responsabilidade da posse de um animal, experimente pendurar um comedouro de pássaros em seu quintal, varanda ou árvore da rua. Seu filho vai adorar olhar esses amiguinhos emplumados, quando fizerem uma paradinha para um lanche.

Ensine a delicada arte de acariciar

É uma tarefa dos pais mostrar aos seus pequenos como abraçar e acariciar, humanamente e em segurança, um animal. A inclinação natural da criança é avassalar os animais com a sua modalidade especial de gentileza. Se preferir, pode começar com bichos de pano que seu filho tem, para efeito de demonstração, sempre observando sua reação ao segurar o bicho de pelúcia. Outra atividade bem interessante é seu filho fingir ser um gatinho ou um filhote qualquer, você pode acariciar gentilmente (ou você pode ser o animal de estimação e deixar que seu filho faça o carinho).

Se ele tem medo de animais, tome providências para eliminar esse medo. E ensine a ser cauteloso com animais (selvagens ou domésticos) aos quais não esteja acostumado.

Diga a seu filho como dói. Explique que “os animais têm sentimentos, exatamente como as pessoas, portanto nós devemos ter o cuidado de não machucá-los”. Explique que “puxar o rabo, puxar a orelha, puxar os pêlos, chutar, arrastar e pisar em cima machuca os animais tanto quanto machucaria você”. E que tais ações estão inteiramente proibidas.

A arte da observação

Observe uma formiga subir na lateral do formigueiro e sumir dentro dele, uma borboleta voar de flor em flor. À medida que você observa, fale sobre a formiga voltando para a casa e a família, como a beleza da borboleta.

Desencoraje definitivamente a espécie de destruição da vida silvestre às vezes comum entre naturalistas mirins, que esmagam minhocas, pisoteiam formigas e arrancam as asas das borboletas capturadas.

Não deixe seu filho provocar o animal. Provocar animais, não é apenas um gesto mal-educado: é muito perigoso. Explique que não é nada bonito interromper o sono de um gatinho, incomodar o cachorro enquanto está comendo, ou tomar o brinquedinho do seu Pet, como os seres humanos, eles também não gostam de ser tratados rudemente.

Fonte: O Que Esperar Dos Primeiros Anos, texto adaptado por Débora Piruzini

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