Quebrando o Tabu

Você ja ouviu falar de Orgasmic Birth (parto orgásmico)?
Bem, aprendemos que a dor do parto é a pior de todas. São apresentadas cenas de medo, dor e um lapso terror num momento que deveria ser prazeroso e cheio de amor. Afinal, uma vida está prestes a nascer e receber a luz da sua jornada…
Dificilmente uma mulher se sente confortável ou a vontade numa sala com aparelhos cirúrgicos, médicos e uma equipe de enfermagem. Vivendo esse desconforto, canaliza sua tensão para o parto, esquecendo completamente os sentidos.

Infelizmente no Brasil, entre outros países subdesenvolvidos, a cesárea é muito comum por recomendação médica, tornando alarmante esse numero, colocando nosso país como o campeão de cesáreas no mundo.
Um percentual que nos interroga, se existe algo errado com a mulheres ou as colocando como frágeis, fracas ou incapazes.
Essa campanha anti-parto natural, muito provavelmente se desencadeia, devido nosso sistema antiquado e deficiente na área hospital, resultando algumas práticas durante o parto e resultados chocantes…
Meu ginecologista (no passado é claro!!!), é a favor da cesárea, alegando que é mais cômodo e calculado para a mãe. Então me pergunto: Cômodo pra mim ou pra ele??!! rs
Em partos normais, concordo que da forma aplicada, realmente assusta, proporcionando enormes desconfortos para a mamãe…a ocitocina artificial (para acelerar o parto), o impedimento de acompanhante (que por lei, temos o direito), a realização da cesárea sem necessidade médica, o que é importante ressaltar que em alguns casos, ela é a mais indicada – bastante relacionada ao custo hospitalar que com certeza barateia a estada da mãe, comparada ao parto normal… o tempo que o bebê permanece afastado da mamãe, entre outras violências obstétricas que ocorrem nos casos de parto normal.

Realmente me chamou atenção esse assunto relacionado ao parto com prazer, por não me sentir confortável em hospitais, resolvi assistir a  vários videos em diversas línguas, relatando sobre o Parto Orgásmico. Assim, comparando com outros métodos.
Existe na verdade, um certo pensamento retrógrado, que há tempos persiste na história da humanidade. Onde a mulher deve cumprir seu papel de procriar e proporcionar prazer aos seus maridos, sendo assim, alguns métodos como a episiotomia (um corte vaginal feito pelos médicos para aumentar a passagem do bebê na hora do parto). Os médicos alegam essa estética, pois a vagina pode ficar mais flácida, assim, esse método deixaria a vagina mais apertada. Esse corte é conhecido como ponto do marido…

Boas notícias envolvem o parto normal no Brasil, onde mais mulheres aderem o Parto Humanizado. Motivadas por seus parceiros, acredito que estamos numa fase, que a empatia alcançou nossos companheiros, os tornando grandes apoiadores e grandes papais!
(Assista o documentário: “O Renascimento do parto”).
O assunto despertou interesse e inúmeras discussões, quebrando tabus e pensamentos, onde a sociedade sempre o considerou de forma santa e livre de algum prazer.

Na verdade, é um processo puramente sexual.
Relutei bastante em discutir o assunto, mas despertou em mim um certo alivio e liberdade para driblar esse desconforto, possibilitando pensar que é possível não sentir dor, e sim, prazer na hora do parto.
Realmente muitas mulheres se sentem envergonhadas em falar a respeito, considerando uma certa santidade…

Realmente deverá existir um certo preparo psicológico e desinteressado nos julgamentos, num ambiente, onde as chances de proporcionar algum tipo de prazer, são quase nulas!
O fato é, comparado aos centros cirúrgicos, na existência de enfermeiros, residentes, médicos, sala fria e uma iluminação desagradável, posição desconfortável, enfermeiras pedindo para ficar em silêncio, muitas pessoas olhando uma das partes mais intimas do seu corpo ao lado do seu marido, neste instante, vem a nítida escolha de um parto mais reservado, métodos naturais e menos invasivos.
O parto Humanizado, foi considerado além de proporcionar tranquilidade para a mamãe, também confirmam os dados clínicos que fisiologicamente ocorre orgasmo pelo alto nível de ocitocina (o mesmo hormônio do orgasmo sexual), são amplamente estimulados.

O parto humanizado não é tão raro assim, muito provavelmente após a liberdade de expressão da mulher, permitirá que esse fenômeno seja cada vez mais comum.

Consideramos a cesárea como uma forma de salvar vidas e em casos específicos, mas a boa noticia é que o parto humanizado vem sendo questionado e sugerido por muitos médicos e é claro, conscientizando muitas mulheres para esse “redescobrir”.