Tudo sobre a medicação durante o parto
Curiosidade extraída do livro O Que Esperar Quando Você Está Esperando:
Em 19 de janeiro de 1847, o médico escocês James Young Simpson derramou meia colher de chá de clorofórmio num lenço e segurou-o junto ao nariz de uma mulher em trabalho de parto. Em menos de meia hora, esta foi a primeira mulher a dar à luz sob anestesia. (Houve apenas uma complicação: quando a mulher cujo primeiro filho só nascera depois de três dias de doloroso trabalho de parto, acordou, o Dr Simpson não conseguiu convencê-la de que já havia parido de fato).
A busca do alívio perfeito
Os bebês podem nascer sonolentos, moles, lerdos, sem reagir aos estímulos e, menos freqüentemente, com dificuldade de respiração e de sucção, além de batimento cardíaco irregular, quando as mães são medicadas durante o parto.
As pesquisas revelam, que, quando tais medicações devidamente empregadas, todos os efeitos adversos são evitados completamente. E quando surge algum, logo desaparece depois do nascimento. Se o bebê estiver sob efeito da medicação e não consegue respirar espontaneamente ao nascer, a reanimação imediata (procedimentos simples) previne as seqüelas. Entretanto, outra preocupação na administração do alívio da dor está em como afetará a evolução do trabalho de parto; ministrada no momento inoportuno, poderá desacelerá-lo ou interrompê-lo.
Não é animador sentir dor, no entanto, o uso deve ser prudente de qualquer tipo de medicação e requer a ponderação diligente dos riscos e benefícios. No caso dos medicamentos obstétricos administrados durante o trabalho de parto, os riscos e benefícios são considerados em relação à mãe e ao bebê, tornando a equação mais complicada. Em alguns casos, os riscos acabam superando os benefícios – quando, por exemplo, o feto não se mostra suficientemente forte para suportar o duplo estresse do trabalho de parto e o da medicação.
Entendendo a administração do medicamento
Os especialistas, na maioria, concordam que, ao se usar medicamentos durante o parto, os benefícios podem ser estimulados e os riscos reduzidos:
- Selecionando-se um medicamento que tenha mínimos efeitos colaterais e apresente o menor risco para a mãe e o bebê e que, ao mesmo tempo, assegure o alívio da dor; ministrando-o na menor dose eficaz e no momento ideal da evolução do trabalho de parto. A exposição a anestésicos gerais, que podem ser usados em cesarianas emergenciais, costuma ser minimizada pela extração do feto minutos após a administração do medicamento à mãe, antes que atravesse a placenta em quantidade significativa.
- Dispondo-se de anestesista para ministrar a anestesia. (A mulher que está em trabalho de parto, tem o direito de insistir nesse ponto caso necessite de raquianestesia, anestesia epidural ou geral).
Fonte: Livro O Que Esperar Quando Você Está Esperando