Conciliar a maternidade com a vida profissional é um super desafio!
Ser mãe, estudar, trabalhar, cuidar da casa, entre outras atividades. Conciliar a maternidade com a vida lá fora é um desafio. No entanto, ambos, a mãe e o pai, têm assumido um papel ativo na criação dos seus filhos como também nas tarefas do lar.
A Dra. Rosana Glat – Diretora e Professora Associada da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), escreveu dois livros sobre o tema, “Ser Mãe, e a Vida Continua” e “Ser Mãe e Viva a Vida”, os títulos de cara chamam nossa atenção, afinal, a vida deve continuar!
Na gravidez, a mulher é o centro de todas as atenções, mas o cenário muda quando o filho nasce. Desencadeia uma série de inseguranças, sentimento de desamparo e baixa autoestima.
Os dois livros tratam especificamente da mulher e estão divididos em três partes. A primeira parte “E agora? O que que eu faço?” discorre o pós-parto, a chegada do bebê e a insegurança deste período, a segunda parte, chamada “Olha no que eu virei…” discute o momento em que a mulher começa a se perceber como mãe, as transformações no seu corpo e na vida, a terceira e última parte, intitulada “Quando você vai tirar esse uniforme de mãe?”, fala do tempo em que o neném já está maiorzinho e a mulher começa a se organizar para retornar ao convívio social e profissional.
O desafio
É necessário muita organização e planejamento. Na universidade os horários são mais flexíveis, a rotina é mais maleável e boa parte dos trabalhos podem ser feitos em casa. Um pouco complicado fazer um trabalho em casa com criança pequena, mas este é o momento ideal para contar com a ajuda do companheiro e proporcionar tranquilidade nas pesquisas e estudos.
Existe uma limitação e muita renúncia para Ser Mãe, afinal, o tempo voa e é necessário aproveitar – principalmente, as primeiras fases da criança.
Algumas mamães possuem ocupações profissionais que contribui muito para exercer “numa boa” esse papel. Tempo de licença maternidade, recursos e padrão de vida. Mas alguns eventos como complicações associadas a um nascimento prematuro, uma doença, imprevistos que fogem do nosso controle e o plano B entra em ação, é preciso estar preparada.
A tecnologia facilita nosso contidiano e nos permite maior tranquilidade e monitoramento do bebê, assim, desempanhamos outras funções.
Se você tem condição de parar de trabalhar, permita-se! É natural que exista essa cobrança profissional, mas neste momento entra o bom senso.
Suas influências
A família, amigos, marido, toda as relações são essenciais para que não se sinta sozinha, pois o neném não é só da mãe. É como estender sua negociação no trabalho, mas em casa!
Os amigos influenciam muito e trocar experiências também contribui.. Mas se seu caso não é tão simples, uma terapia pode ajudar.
Converse, desabafe, troque experiências, crie novas amizades!
“Um ponto importante é a dicotomia entre a mulher mãe e a mulher sensual, neste período as mulheres negam a sensualidade e vestem o estereótipo de mãe. Isto dificulta muito a relação com o parceiro e a “tirar esse uniforme de mãe”. Quando a mulher volta a sua vida comum, muitas vezes ela própria cria barreiras para o convívio social e íntimo. Você pode ser uma excelente mãe e ter uma vida sexual ativa, pode cuidar do próprio corpo, ir a festas, dançar e se divertir, viver a vida”.
GLAT, R. Ser mãe e a vida continua . Rio de Janeiro: Editora Agir, 1993.
GLAT, R. Ser mãe e viva a vida. Rio de Janeiro: Documenta Histórica Editora, 2009.