fbpx

Como lidar com a “separação” do bebê?

Você ACHA que o bebê não está entendendo nada, mas ele já sente a ansiedade de separação

Essa angústia na hora de separar e voltar para o trabalho é uma fase muito crítica, acreditamos que seja a mais perturbadora no desenvolvimento do ser humano. Neste momento os bebês tomam ciência do mundo ao seu redor e, naturalmente desenvolvem relações importantes com as pessoas que fazem parte de suas vidas. Rapidamente percebe quais são as pessoas vitais para sua felicidade e sobrevivência, e por isso, sofrem angústias, uma espécie de sentimento de perda, quando essas pessoas aparecerem e desaparecerem.

A problemática do sono, amamentação e outras atividades são completamente influenciadas nesta separação. Você vai perceber que ele está passando pela ansiedade de separação, principalmente se a mãe retorna ao trabalho ou promove um desmame (ou outro tipo de separação).

Em muitos casos, a partir de 6 a 8 meses, o bebê começar a perceber que será separado da mãe. Uma descoberta que provoca angústia e pânico, neste momento, você perceberá ele solicitar mais atenção da mãe e pode chorar mais que o usual. De acordo com os especialistas, essa fase pode durar até os três a cinco anos, e se manifestar de várias formas neste longo período.

Leve a sério a intensidade dos seus sentimentos, use a empatia e imagine o “turbilhão” de sensações que seu bebê pode estar sentindo… Não classifique como está “chatinho”, “grudento” ou “manhoso”. Para ele, a mãe é o seu mundo e representa total segurança, e como a noção de permanência, você é tudo pra ele (ou seja, tudo que está longe do campo de visão) não está completamente estabelecida, esse sentimento é bem intenso. A maioria das conexões nervosas no cérebro são feitas na infância e a maneira com que lidamos com as emoções do bebê tem um efeito profundo em como essas conexões se refletirão na capacidade do bebê lidar com suas próprias emoções quando for adulto.
Em outras palavras, são essas experiências na primeira infância e a interação com o ambiente são as mais críticas no desenvolvimento do cérebro da criança até os sete anos, que completa esse desenvolvimento e personalidade.

O sistema de angústia da separação, localizado no cérebro inferior, está geneticamente programado para ser hipersensível. Nos primeiros estágios da evolução humana era muito perigoso que o bebê estivesse longe da sua mãe. Se não chorasse para alertar seus pais do seu paradeiro, não conseguiria sobreviver.

A linguagem da perda é a mesma da dor. Quando o bebê sofre pela ausência dos seus pais, no seu cérebro ativam-se as mesmas zonas que quando sofre uma dor física. Imagina aliviar essas dores? Uma cólica, dor de dente ou febre, sabemos quantas gotas de medicação indicar, agora, experimenta consolar ou aliviar uma dor que você não está vendo e o pior, a criança não tem vocabulário para expressar essa dor emocional?… Seria muito bom respeitarmos esse sentimento de angústia da criança.

Entenda que o período “crítico” desse desenvolvimento emocional e social ocorre nos primeiros 18 meses da criança. A parte do cérebro que regula as emoções, a amídala, é formada cedo de acordo com as experiências que o cérebro recebe. Os aspectos emocionais, conforme crescimento da criança, você mantendo um vínculo emocional, empatia e confiança, vai garantir que nutra de forma positiva para que a criança aprenda todos esses valores.

Respeite as etapas de crescimento do seu filho. Desde compartilhar brinquedos a desenvolver algumas brincadeiras.

Alguns justificam ou simplesmente deixam seu bebê desconsolado como uma forma de “inoculação de estresse”, para que ele aprenda a lidar com a tensão. Pensar que os bebês que choram por um prolongado período de tempo só sofre um estresse moderado estão enganando a si mesmos, pois livrar-se do bebê ou não consolá-lo quando choram ou pedem mais mamadas ou colo do que o normal, pode resultar em efeitos adversos permanentes no cérebro da criança.
Ela pode sentir pânico, o que significa um aumento importante e perigoso das substâncias estressantes no seu cérebro, podendo resultar em uma hipersensibilização do seu sistema de medo, o que lhe afetará na sua vida adulta, causando fobias, obsessões ou comportamentos de isolamento temeroso.

Então, se a mãe tiver que se afastar do filho para trabalhar ou por outro motivo, tenha muito carinho e paciência para que ele tenha confiança e supere esse período de crise. Procure observar se seu filho adquiriu um vínculo afetivo com o outro cuidador.

Compartilhar com:

PinterestLinkedInFacebookTwitterEmailPrint