Comportamento ritualístico, quem nunca?

Embora no adulto um comportamento desse tipo talvez fosse rotulado de TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo, numa criancinha é um comportamento normal. Ainda que nem todas elas necessitem de rituais (e isso também é normal), é claro que muitas exageram e exigem absoluta previsibilidade na comida, bebida, nas roupas e nas rotinas diárias. O menor desvio do que está previsto pode ser motivo de longas reclamações.

No caso da negatividade e dos ataques de mau gênio – que toda mãe ou pai tenta ficar absorto! O comportamento ritualístico é a maneira encontrada pela criança para tentar obter algum grau de controle sobre sua vida o que não é fácil de obter, principalmente na fase entre os dois anos de idade, menos de um metro de altura, e se depende desesperadamente dos maiores e mais poderosos que você.

A capacidade de controlar algumas das pequenas coisas da vida (tipo de caneca vai beber, como seu lanche deve ser servido ou que roupas usar), tudo isso significa muito para a criança e também para a sua autoestima .

Portanto, não tente convencê-lo a deixar seus “rituais”, submeta-se a eles, tudo com muita boa vontade. Para qualquer outra pessoa que cuida da criança revele o que esses rituais significam e discuta com ela a abordagem adotada por você perante eles. Uma cuidadora que permanece na casa, por exemplo, muito provavelmente consentirá em fazer o que a criança deseja, as vezes nem sempre é possível.

Com o tempo a criança pode ficar mais aberta às mudanças. Você pode propor que ela escolha outras canecas e mostrar de maneira diferente de comer seu lanche, usando alguns utensílios para chamar sua atenção e contribuir no seu desenvolvimento. Outra dica bem legal, é deixar a criança participar de uma compra de coisas para a casa, roupas sem forçar a sua decisão.

Tempo e paciência, os rituais perderão sua força!