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Retinoblastoma: Tiago Leifert faz alerta sobre câncer raro da filha

A importância do teste do olhinho para descobrir a doença ainda no início e curar o quanto antes

O retinoblastoma é o câncer ocular mais comum em crianças, mas é raro e responde por 3% dos cânceres infantis. Entre 60% e 75% dos casos de retinoblastoma são esporádicos, isto é, uma célula sofre mutação e passa a se multiplicar descontroladamente. Essa forma de retinoblastoma geralmente aparece em crianças com mais de 1 ano de idade.

Com 11 meses de vida, Lua, filha do apresentador e jornalista Tiago Leifert, foi diagnosticada com um câncer raro, o retinoblastoma. Esse tumor ocular é mais comum em crianças e atinge a retina, deixando a pupila numa cor branca.

Numa entrevista para o jornal O Globo, Tiago Leifert foi questionado sobre uma possível cura do retinoblastoma da filha, que está em tratamento há um ano:

“Ainda pode demorar bastante. E tudo bem, vamos levando. […]. Não dá para relaxar. Todas as vezes que tivemos opção, escolhemos o mais agressivo para combatê-lo e ir para cima contra ele.”

Tiago Leifert ainda desabafa: “não quero subestimar nosso adversário. Porque ele é difícil e traiçoeiro. Não dá para relaxar.”

Foi o oftalmologista carioca Hilário de Gouveia quem descreveu pela primeira vez um caso de retinoblastoma hereditário, em 1872. Gouveia atendeu um menino com esse tipo de tumor e removeu seu olho. Anos depois, o paciente retornou a seu consultório com duas filhas, que tinham a doença em ambos os olhos. Ambas morreram. Gouveia não tinha noção de genética, que ainda nem engatinhava na época, mas deu uma pista tão interessante para as origens da doença, que ele é o único brasileiro citado na lista das dez descobertas mais importantes sobre o câncer de todos os tempos, pelo National Cancer Institute dos Estados Unidos.

Existem três tipos de retinoblastoma. O retinoblastoma unilateral afeta um olho e representa entre 60% e 75% dos casos. Destes, 85% são da forma esporádica da doença, e os demais são casos hereditários. O retinoblastoma bilateral afeta os dois olhos, quase sempre é hereditário e costuma ser diagnosticado bem mais cedo que o unilateral. O retinoblastoma PNET (tumor neuroectodérmico primitivo) ou retinoblastoma trilateral ocorre quando um tumor associado se forma nas células nervosas primitivas do cérebro e só atinge crianças com retinoblastoma hereditário bilateral.

O retinoblastoma é um câncer do olho e é ali que os sintomas começam:

  • Olho de gato: crianças com retinoblastoma desenvolvem uma área branca e opaca na pupila, que se chama leucocoria, causada pela reflexão da luz provocada pela doença. No Brasil, essa condição é popularmente conhecida como “olho de gato” e é facilmente visível em fotos tiradas com flash. A criança deve ser levada ao oftalmologista tão logo o fenômeno seja identificado, porque, mesmo que não seja um retinoblastoma, isso pode causar a perda da visão.
  • Problemas na movimentação do olho, como estrabismo
  • Redução da visão em um olho
  • Dor no olho
  • Globo ocular maior que o normal
  • Olho preguiçoso (ambliopia)

FATORES DE RISCO

Existem poucos fatores de risco conhecidos para o retinoblastoma.

Idade: ele é mais comum em crianças com menos de 3 anos.

Hereditariedade: um em cada três casos de retinoblastoma é causado por mutação no gene Rb1, presente em todas as células do corpo da criança. Destes, um a cada quatro casos é herdado de um dos pais da criança. Herdado de um dos pais ou não, quando todas as células do organismo têm a mutação, elas têm 50% de chances de transmitir essa mutação aos filhos futuramente.

Confira o conteúdo completo aqui no Blog sobre o Teste do Olhinho.

Fonte: A.C. Camargo – Cancer Center / UOL – Cinthya Leite

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