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Desfralde tranquilo: bye bye, fraldinha!

Pode variar muito o tempo de cada criança o momento do desfralde. No entanto, o esperado é que seja por volta dos dois anos. Nessa idade, a musculatura da pelve já está mais forte e, assim, consegue segurar o xixi e o cocô.

Algumas dicas para que o processo do desfralde seja tranquilo para o bebê e os papais.

12 dicas com tranquilidade e sem traumas

O desfralde é aquele momento em que a criança se dá conta de que não é mais um bebê; isso aumenta a autonomia e a insere nas responsabilidades da vida, o controle de fazer xixi ou cocô!

Claro que isso é um processo: no começo da vida, o bebê acredita que as excreções fazem parte do seu corpo, por isso pode ser difícil para uma criança muito pequena “jogar fora” o xixi e o cocô na privada. Entender esse processo é uma etapa natural do desenvolvimento.

É bom lembrar que o desfralde não necessariamente significa menos trabalho para pais e mães. No início, é até mais difícil do que trocar fraldas, afinal, a criança ainda não consegue conter os escapes e terá que lidar com mais roupas pra lavar! Encare com naturalidade o xixi no chão da sala. Não se irrite por isso, é um curto período e você, sentirá falta de todo esse processo no futuro.

Segure a ansiedade! Não apresse as etapas, cada criança tem o seu tempo, não se deixe levar pelas opiniões de outros pais. A melhor forma de lidar é com calma e paciência. Seu filho dará sinais quando o corpo estiver pronto.

1. Existe idade certa para o desfralde?

Tenha calma e observe se o seu filho está realmente pronto para o desfralde. Se ele já apresentar sinais de que está incomodado com o uso da fralda, querendo arrancá-la do corpo, taí um bom momento para iniciar o processo.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o desfralde pode ser iniciado por volta dos dois anos e meio, mas, dependendo da criança, pode ser levado até os três ou quatro anos de idade. O importante é que a criança esteja pronta do ponto de vista físico, com o controle dos esfíncteres, e psicológico, com o entendimento e a aceitação do desfralde.

De forma gradual: comece tirando as fraldas durante o dia e só retire à noite quando a criança já estiver habituada a fazer xixi e cocô sem fraldas no período diurno.

E não é proibido voltar atrás! Se a criança precisar de mais um tempinho antes de corresponder, converse com ela e tente de novo mais adiante.

2. Observe os sinais

Outra dica para entender se seu filho está preparado para o desfralde é se atentar a alguns comportamentos:

  • Se ele aponta e sinaliza o xixi e o cocô na fralda.
  • Se consegue ficar sentado por pelo menos 5 minutos.
  • Se consegue subir uma escada “em marcha”, um pé por degrau.

3. Aborde o assunto de forma positiva

As palavras têm um poder muito forte em momentos como esse.

Por isso, evite falar do xixi e do cocô como algo negativo, sujo e que leva a criança a ter vergonha. Isso pode fazer com que seu filho se recuse a urinar ou evacuar, causando problemas urinários e intestinais. Você pode até brincar de dizer tchau para o xixi e cocô, quando der descarga.

Evite também criticar a criança se houver um escape durante o processo de desfralde. Fale com naturalidade e sempre com carinho, reforce que ao final, tudo dará certo…

4. Seja um exemplo

Todo mundo vai ao banheiro, faz número 1 e número 2, certo? Então aproveite o gancho para educar a criança: normalize as idas aos banheiro, deixe ela ver que os pais também fazem isso. Dessa forma, ela tem um exemplo positivo.

5. Evite começar o desfralde no inverno

A menos que você more em um lugar que faz frio o ano inteiro, prefira as épocas quentes para fazer o desfralde. Assim, fica mais fácil tirar a roupa na hora de correr para o banheiro, e também suja menos peças em caso de escape!

6. Dê o poder de escolha à criança na hora do desfralde

Escute a criança. Pergunte se prefere: o penico ou o assento redutor. Se ele não se adaptar ao penico ou redutor escolhido, busque entender o que pode estar incomodando e procure uma alternativa que se adapte à vontade dele. Hoje em dia, existem opções que interagem com a criança: escadinha, música e entre outros acessórios.

7. Não inicie o desfralde junto com outras mudanças de rotina

Uma mudança de cada vez: durante o desfralde, o ideal é que essa seja a única mudança brusca da rotina da criança. Evite fazê-la no período de adaptação da escola ou do desmame. É muita informação e muita novidade para a criança assimilar ao mesmo tempo!

8. Faça companhia à criança

Que tal tornar o momento do desfralde divertido e acolhedor? Fique por perto quando ela for fazer xixi ou cocô, conte uma história, transmita uma sensação de segurança, percebendo que é prazeroso e sem pressões.

9. Penico no banheiro!

Se a criança optar pelo penico, já deixe no local correto – isto é, no banheiro. O excesso de informação e de distração dos outros cômodos pode atrapalhar o processo de desfralde.

10. Dica especial para meninos

Para os meninos, o ideal é que comecem a urinar sentados. Caso ele não se sinta confortável para isso e opte por fazer xixi em pé, você pode usar um banquinho para ajustar a altura da criança ao assento sanitário.

Outra opção é usar um mictório infantil, que você pode prender na altura adequada.

11. Dica especial para meninas

Para as meninas, a dica é já ensinar elas a se limparem da forma correta: de frente para trás, para evitar infecções.

12. Dica especial no desfralde de crianças com autismo

Pais e mães de crianças de espectro autista (TEA) podem se valer de algumas dicas extras para facilitar o processo de desfralde.

Primeiro, deixe que seu filho naturalize o banheiro como ambiente, caso ele tenha medo de entrar lá. Permita que ele fique do lado de fora observando o que acontece enquanto você escova os dentes, toma banho ou usa o vaso sanitário.

Se a criança tiver dificuldade para falar quando precisa ir ao banheiro, você pode adotar uma figurinha ou cartão e combinar que ela entregue a você toda vez que sentir vontade de fazer xixi ou cocô.

Outra dica para o desfralde de criança do espectro autista é iniciar o processo já usando a privada com assento redutor, e não penico. Isso porque as crianças com TEA têm dificuldade de generalizar comportamentos, então, se ela fizer a transição da fralda para o penico, vai encarar a posterior transição para o vaso sanitário como um novo processo, com as mesmas dificuldades.

O desfralde é um momento importante no desenvolvimento infantil e na conquista de autonomia. Você vai ouvir muito “Vem me limpar!”

Fonte: Baby & Me

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