Logo depois do nascimento, seu bebê receberá uma injeção de vitamina K

Essa prática é universal e tem uma boa razão de ser. Até 30 anos atrás, havia uma doença grave, comum e potencialmente fatal chamada de “doença hemorrágica do recém-nascido'”, que afetava até 1,5% dos bebês; era comum, alguns dias após o parto, que o sistema de coagulação do sangue do bebê parasse de funcionar eficientemente, e ocorria um sangramento, muitas vezes grave, no cordão umbilical ou no intestino.

Muitas vezes, no caso de uma hemorragia branda, o bebê se recuperava espontaneamente, mas quando a perda de sangue era maior e ele não era tratado, podia entrar em choque rapidamente e ser fatal; o tratamento consistia em transfusão de sangue e vitamina K.

Sobre a vitamina K

O sistema de coagulação do sangue do organismo baseia-se numa complexa série de reações entre várias proteínas e substâncias químicas chamadas de fatores coagulantes.
Muitos deles precisam da vitamina K para serem ativados: sem ela, a coagulação é insatisfatória.

Quando esse fato foi constatado, passou-se a ministrar uma injeção de vitamina K como rotina e a doença praticamente desapareceu. Isto é, até os últimos quinze anos, aproximadamente; desde então têm havido relatos de uma nova e mais fatal forma da doença hemorrágica. Essa forma ocorre mais tarde, cerca de quatro a seis semanas após o parto, e a hemorragia muitas vezes se dá no cérebro, gerando conseqüências graves.

Os  bebês têm dois fatores em comum:
> Eles não receberam vitamina K após o nascimento.
> Eles eram alimentados exclusivamente no peito (nada de mamadeira).

Estudos revelaram que muitos bebês saudáveis nascidos a termo dispõem de estoques de vitamina K apenas marginalmente satisfatórios; no terceiro dia de vida, à medida que crescem, eles já podem ter uma deficiência dessa vitamina.

Dar vitamina K à mãe antes do parto parece não ajudar, visto que ela não é bem absorvida pela placenta. O leite materno oferece alimentação completa, no entanto, contém quantidades muito pequenas de vitamina K.

Se a mãe que amamenta tem uma alimentação rica em vitamina K, uma parte, mesmo que pequena, passará ao leite e será absorvida pelo bebê, mas ainda estará longe de evitar a doença hemorrágica; se você estiver amamentando, procure comer verduras folhosas verdes frescas todos os dias, pois elas são ricas nessa importante vitamina.

Fonte extraída do livro ‘Criando Bebês’ do Dr. Howard Chilton.